sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Boletim Dominical - N° 058 - Recife, 16 de janeiro de 2011

A MISSÃO DE DEUS NOS EVANGELHOS (II)
Textos de estudo: Mateus 14.13-18.35; Marcos 6.30-9.50; Lucas 9.10-62; João 6.1-7.10

Vamos prosseguir no estudo dos Evangelhos. Depois dos precedentes ao ministério de Jesus, depois do estabelecimento do ministério, depois do ministério da Galiléia, que se encerrou com a Primeira Multiplicação dos Pães, temos a fase do Retiro, ou o Ministério do Norte.

A Fase do Retiro
O nome "Retiro" dado ao ministério do Norte se deve ao fato de desaparecerem as grandes multidões, bem como à natureza dessa fase, de instrução mais específica dada aos que permaneceram fiéis como discípulos. (Jo 6.60-69). De todos, a Multiplicação dos Pães, é um dos únicos milagres narrado nos quatro Evangelhos. O evangelho de João repetiu a narrativa que já estava nos evangelhos sinóticos, porque ele se estende mais no comentário ao próprio milagre, lembrando a sua significação.
No capítulo 6 do evangelho de João nos dá a narrativa do milagre, simples e sintética, porém estende-se muito quanto à sua significação. Há um comentário sobre o que vem a ser o pão espiritual. E é ali que Jesus Cristo se apresenta como o Pão que desceu do céu.

Cesaréia de Filipe
Jesus separou-se das multidões e com um grupo mais selecionado de discípulos, viajou pelo norte. Essa região chamava-se “Tetrarquia de Felipe. Ali havia uma cidade chamada Cesaréia (de César) de Felipe (por causa de Felipe, tetrarca daquela região). Segundo nos informam os Evangelhos, aí é que houve um encontro sério de Jesus com os discípulos, no qual Ele os interpela: "Quem dizem os homens que eu sou?" E então a resposta de Pedro: "Tu és o Cristo, o filho de Deus vivo" (Mt 16.13-16). Depois de terem passado pela Cesaréia é que se deu a transfiguração no Monte Tabor.
Quando passam pela Fenícia, dá-se o incidente com a mulher Cananéia, seguindo-se a viagem de regresso. Não temos recursos para o levantamento desse itinerário em todos os seus pormenores. Tem-se, contudo, uma visão satisfatória dele e dos característicos dessa fase do ministério de Jesus.
O seu contato não é com grandes multidões, mas com os discípulos a quem tenta levar a compreender mais profundamente o significado da Sua missão. Daí a reação que provoca da parte dos que o acompanham. E preciso que a situação se defina. Ele se encaminha para o fim. Sente-se na obrigação de despertar, no espírito dos discípulos, a atenção para o fato de que Ele vai ser sacrificado. A questão é levantada quando conversa com Pedro e os discípulos. Entre a fase anterior, com a atração dos milagres e a presente, o anúncio da cruz, há notável diferença. E note-se a sequência: atração de multidões, seleção de discípulos, significação de Sua pessoa, desafio do sofrimento. A essa altura é que surge o discutido texto sobre a pedra fundamental.

A Pedra Fundamental
Qual a interpretação de Mateus 16 que está certa: a original da cristã ou a da católica romana? Qual é a pedra sobre que se assenta a Igreja? Perguntaria se essa é a única passagem na Bíblia em que se fala a respeito da Igreja, de Pedro e da significação da pessoa de Jesus. A resposta é: não. Há outros textos que falam da Igreja, de Jesus, de Pedro, da pedra. É justo que comparemos essas passagens com outras que tratem desses aspectos. Exemplo: Lucas 22.31-34; João 21.15-24; Atos 4.11,12; Efésios 2.19-22; 1 Pedro 2.4-7; Apocalipse 3.7; Isaías 28.16 e demais referências.
Cristo, e não Pedro é o âmago do assunto. Uma vez definida a significação de Sua missão, que é divina, Jesus, vendo que os discípulos tinham dado um passo, procura mais um. Jesus como que diz: “Uma vez que já compreenderam a significação divina de minha pessoa e de meu ministério, tenho algo mais a dizer: devo ir para Jerusalém e ser entregue nas mãos das autoridades e padecer”. A medida que introduz essas noções, que dizem respeito ao método divino da redenção, Pedro se toma por conselheiro de Jesus Cristo, e diz: "Senhor, de maneira nenhuma te acontecerá isso." (Mt 16.22). Entre suas duas expressões há diferença fundamental. Diz Jesus das primeiras palavras que tinham sido comunicadas pelo Pai; no segundo caso, diz que Pedro não estava compreendendo as coisas que são de Deus, mas as que são dos homens.
Observemos, na dupla atitude de Pedro e na dupla reação de Jesus, uma relação curiosa. Pedro reconhecera algo de divino na missão de Cristo, mas não compreendera ainda que o método de Deus era escandaloso para o homem: o método da cruz.
O ministério do Norte é, por assim dizer, uma espécie de Escola. Escola que consiste na seleção dos discípulos de Jesus, e na instrução mais avançada que se lhes dá a fim de que tenham uma possibilidade de compreender os fundamentos da missão. Seriam os futuros líderes do movimento. Tiveram Escola, não no sentido moderno do termo, mas no melhor sentido: a presença de Cristo.
Adaptação do material do Pb. Irineu Mendonça Filho (IP de Bauru-SP)

REUNIÕES SEMANAIS DA IGREJA
Domingo 9:00h Escola Dominical 18:00h Culto Vespertino
Segunda 8.00h Oração-SAF 19.30h Reunião da SAF
Terça 15:00h Gabinete Pastoral 19:30h Reunião de Oração
Quinta:19:30h Culto de Doutrina
Sexta: 19.30h Ensaio do Coral


LEITURA BÍBLICA PARA MEDITAÇÃO DIÁRIA
Seg. 17 Hebreus 13:17-21 / Lucas 6:17-23
Ter. 18 Hebreus 8:7-13/ Marcos 8:11-26
Qua 19 Hebreus 10:1-39 / Marcos 8:30-34; 9:10-16
Qui. 20 Hebreus 13:17-21 / Lucas 6:17-23
Sex. 21 Hebreus 11:8, 11-16/ Marcos 9:33-4:1
Sab. 22 Efésios 5:1-8 / Lucas 14:1-11
Dom. 23 Colossenses 3:12-16 / Lucas 18:35-43